domingo, abril 14, 2002

Desculpe, mas não gosto das brincadeiras com o Rubinho.
Sei exatamente como ele dever se sentir.
A vida faz algo parecido com a gente.
Em menor escala, mas faz.
Sendo sempre o azarão da corrida, ficando sempre para trás, quando muito, tudo faz, fica de fora ou no máximo em segundo lugar...
Ser o substituto natural de um campeão faz pressupor que ele seja também outro campeão.
Mas Rubinho é um ser humano como eu, como você.
Antigamente, olhava o sorriso estampado nos lábios.
Mas hoje, quando o vejo pela TV, olho nos seus olhos.
Rubinho está com a tristeza nos olhos, apesar de sorrir.
Talvez para si, lhe bastasse estar um pouco atrás do campeão.
Mas para 160 milhões de brasileiros acostumados ao primeríssimo lugar de Ayrton Senna...
Creio que esta situação perversa, faz com que Rubinho acorde certos dias arrependido de ter nascido homem e de ter entrado para a fórmula 1.
Acho que nesta hora, ese rapaz deveria ter nossa compaixão, muito embora o que ele ganhe por ano a maioria de nós não ganhará nem nas duas próximas encarnações.

A propósito...

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